O projeto OpenZika do World Community Grid da IBM tem como objetivo identificar substâncias com potencial para tratar o vírus Zika em pessoas infectadas. O projeto tem como alvo proteínas que o vírus Zika provavelmente use para sobreviver e se espalhar no corpo humano, com base no que é conhecido a partir de vírus similares, como os vírus da dengue e da febre amarela. A fim de desenvolver um fármaco anti-Zika, os pesquisadores necessitam identificar qual, entre milhões de compostos químicos, pode ser eficaz em interferir nestas proteínas-chave. A eficácia de cada composto será testada inicialmente em experimentos virtuais, chamados de triagem virtual que utiliza “cálculos de acoplamento ou docking molecular”, realizados nos computadores e dispositivos Android dos voluntários do World Community Grid. Estes cálculos podem ajudar os pesquisadores a focar nos compostos com maior probabilidade de chegar a um medicamento antiviral.

Para realizar tais experimentos computacionais, os pesquisadores do OpenZika estão usando uma ferramenta para triagem virtual chamada AutoDock VINA, desenvolvida pelo Laboratório Olson do Instituto Scripps Research, que também fez uma parceria com o World Community Grid da IBM em outros dois projetos: FightAIDS@Home e GO Fight Against Malaria. Vários outros projetos do World Community Grid também usaram o VINA, incluindo Outsmart Ebola Together, Drug Search for Leishmaniasis e Say No to Schistosoma.

Objetivos do projeto

O objetivo principal do projeto OpenZika é realizar a triagem virtual de milhares de compostos disponíveis comercialmente em bases de dados, com modelos de homologia das proteínas do vírus Zika ou com com estruturas de proteínas do Zika determinadas experimentalmente, logo que estas sejam conhecidas.

Todos os resultados de triagem virtual estarão à disposição do público, abrindo as portas para que outros cientistas também usem esses dados para desenvolver tratamentos contra o vírus Zika.